top of page

Paz

Compreensível é o não entendimento da Paz pelo ser que ainda é arrastado pela torrente do comum e nem sequer a consegue conceber e a vê como utopia.



A Paz pode ser experienciada pela dissociação da consciência dos níveis mais densos, que são as emoções e os pensamentos que confundem e levam o homem a pensar que são, tão somente isso.



Conscientemente em presença, despertos, não mais somos arrastados pelo o que pensamos e sentimos no nível concreto, e passamos a perceber o mundo em outros níveis, não palpáveis, mas tão nítidos e claros como a luz do Sol.



A Paz é alcançada na compreensão de que a experiência é parte de nós mas não é o que somos.



Esse observador que vivencia e não se torna dá espaço para o emergir da essência pacífica, que se mostra quando a entrega e a lapidação interna se fazem com constância e persistência.



O oposto a Paz é o estado em que a humanidade se encontra, atormentada em si mesma, por ter tornado-se, sem critérios, a extensão do ruído do mundo, que abafa a essência pacífica que a quietude é capaz de revelar.



A Paz é o bálsamo que inunda a nossa manifestação material e que não há como, em palavras, descrevê-la, pois o sentir da sua presença vai além dos conceitos dos sentidos terrenos.



Apenas aquele que se dispõe a deixá-la expressar-se através do veículo corpóreo é que pode vislumbrar o início de tudo que realmente É e, por consequência, todo o desdobramento de sua existência se torna mais simples, pois deixa de alimentar o que impede que a Paz por si só, é capaz.



Alcançar aqui mesmo outras formas de nós mesmos é o real aproveitar da oportunidade terrena para o nosso próprio aperfeiçoamento. Ver o mundo com os olhos pacíficos que nos habitam nos tornam verdadeiros agentes transformacionais desta realidade.


0 visualização0 comentário

Posts recentes

Ver tudo
bottom of page