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A imperturbável resiliência das árvores

Com o olhar voltado para as mesmas coisas que conhecemos seguimos reforçando mais daquilo que já somos, uma vez que nos interessamos pelo o que já faz parte de nós e historicamente possuímos resistências com o que não estamos acostumados.


Frágeis creaturas, ciclicamente instáveis em sua expressão, a humanidade manifesta a sua vulnerabilidade a cada pequena mudança por ainda não ter desenvolvido em si a resiliência adaptativa necessária a sua manutenção.


Mas a natureza sábia sempre ofereceu todos os elementos necessários para que pudéssemos usufruir, porém pela própria lei da ressonância enxergamos apenas aquilo que já habita em nós, sendo que longe da totalidade passamos, encerrados em nosso micro mundo ressonante.


Fomos inseridos em um ambiente onde originalmente era floresta. Numa floresta há alimento, água, ar puro, harmonia e equilíbrio. Nela também se encontram todas as substâncias para tratar qualquer desordem que possa surgir.


Mas o homem, em sua inteligência nada comprovada, chega sem pedir licença e logo põe tudo no chão, derruba a floresta para provar que tem razão e se apropria de um espaço agora sem vida em prol de sua manutenção. Como poderia ter sucesso a vida desse coitado ser sem visão?


Sido colocado aqui nessa verde imensidão, se com humildade chegasse, formaria uma bela união. Manejaria com respeito toda aquela vida e usufruiria da sua bondade interagindo como um bom irmão, formando um édem, um paraíso real que levaria todos a evolução!


Incompreendidas as árvores, pontes entre o céu e a terra, permanentes em sua estabilidade, resilientes a qualquer adversidade. Entregam a todos os seres a sua abundância, cada uma com sua especificidade, interagindo entre si pelos caminhos ocultos abaixo dos nossos pés por toda parte, numa rede colaborativa do bem, que mantém a vida em sua integridade.


Desconsideradas são, mesmo com toda sua grandiosidade! A humanidade passa pela floresta e só vê a lenha para a fogueira, pensamento de Tolstói em sua real constatação, nessa gana descabida de pô-las todas no chão, mostrando a medíocre pequeneza que não reconhece nem a riqueza gratuita que o mundo oferece, nesse caso, quase em vão.


Quanta dignidade há nessa rede de comunicação, que por mais que vejam todas sendo levadas ao chão, não se voltam contra nós, permanecendo íntegras, sendo a própria benevolência em ação.


Um olhar ampliado para a vida nos leva nessa direção, de parar de destruir e trabalhosamente tentar substituir o que sempre esteve ali, no alcance de nossas mãos. Como ignorar a própria creação? Achando que vamos gerar e manter a vida simplesmente pelas nossas mãos?


Quando conhecemos reconhecemos, reconhecendo usufruímos, usufruindo respeitamos, respeitando amamos. Não há caminho distante da origem, não há vida que não seja sustentada pela união e colaboração. Nada aqui deve ser sacrificado, porque a vida é a sua própria evolução, sendo sua ausência, a extinção.


A gratidão se alcança pela interação benevolente que cria harmonia e regeneração. Queridas e sábias árvores, sua presença é a base para a vida de verdade! Todo nosso respeito e amor pela existência de sua irmandade!



 
 
 

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