A não-presença se manifesta na pressa
- Shely Pazzini
- 25 de fev. de 2023
- 2 min de leitura
A falta de tempo é uma loucura humanamente criada em meio a esta vivência material onde a eternidade está se desenrolando, aqui e agora.
Seres eternos correndo para lá e para cá como loucos, gastando sua eternidade com suas próprias escolhas e acusando o tempo eterno pela sua falta.
Incongruente modo de agir num mundo onde tudo o que se requer é a nossa presença realmente presente em cada momento, propiciando os ensinamentos necessários para a espiral ascendente de desenvolvimento dos seres.
A correria generalizada, há tanto banalizada, vista como normal numa sociedade doente, em sua normose decadente. O tempo escorre pelas mãos quando ausente estamos do próprio coração. Nele habita a presença que contém em si a calma, plenitude da alma, que vive em totalidade o aqui e agora, único lugar existente realmente.
A importância de perceber cada instante, de respirar pausadamente e celebrar o que está presente. De ler um livro demoradamente, voltando e relendo, quantas vezes o coração pedir para absorver a sabedoria lentamente. Para sentir o que no olhar linear corrido teria ficado ausente. Ouvir uma mensagem várias vezes, para perceber o quanto a mente divaga e tanto não se ouve realmente.
Se identificar com um conteúdo e interiorizá-lo é muito mais do que compreendê-lo com a mente. Requer presença silenciosa em abertura para ser permeado por aquele presente, que apenas em presença se torna verdadeiramente presente, seguindo conosco como elemento auxiliar para os desdobramentos da nossa inteira essência por todo o sempre.
Ausentes de nós nem mesmo a eternidade será suficiente. Continuaremos desenfreados como insanos correndo atrás do que em nós já está presente. Somos a eternidade já acontecendo em nós, então porque escolhemos nos ausentar para o tempo culpar da fuga por se encontrar, finalmente?
Tempo é presença. Volte para a sua vida e rompa a normose da sua ausência.
@shelypazzini
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