Impulsos não são chamados

Mentes inventivas disparam inúmeros impulsos que fazem os seres irem de um lado para outro afim de executá-los mas, na esmagadora maioria da vezes, o resultado dessas movimentações impulsivas são frustrantes e exaustivas pela alta demanda de energia.

Impulsos nos impulsionam e quando acatamos seu estímulo reativamente sem planejamento, logo perdem força e minguam pois são momentâneos, movidos por uma paixão, repleta de entusiasmo e euforia passageiras. Eles não são verdadeiros.

O estado de espírito que experimentamos a cada impulso revela sua origem. Quando o centro de paz se abala, o ego está conduzindo o caminho.

Chamados são fruto de um longo trabalho evolutivo, vinculados a um plano maior ao qual percentecemos e que se apresenta quando é chegado o momento de colocarmos em prática aquilo que  os designamos a fazer, pela ação da nossa própria natureza essencial, em prol de algo que ultrapassa os limites individuais do ego. Surgem quando há em nós maturidade para sustentar a energia de sua expressão e encarar de frente seus desdobramentos.

Quando alinhamos a nossa vida ao nosso real campo de atuação um profundo sentimento de pertencimento e completude nos atravessa. Experimentamos a paz e a harmonia que jamais encontraremos seguindo desnorteados pelos impulsos do ego, desperdiçando energia em coisas irrelevantes.

Saber reconhecê-los é determinante para a nossa atuação assertiva no mundo.

Impulsos agitam enquanto chamados pacificam. Chamados nos elevam, trazem um respiro gostoso que nenhum impulso é capaz de proporcionar.

Estamos sendo uma humanidade impulsiva, que ignora processos completos e busca atalhos para sua satisfação, que jamais será encontrada enquanto desconectada de seu real propósito que somente é acessado pela via do coração.

O coração indica com precisão a via pelo qual devemos seguir. Suavemente, como uma confirmação, a pacificação da agitação dos barulhos causado pelos equívocos acontece e voltamos a pulsar no ritmo da ordem amorosa do qual fazemos parte.