Interpretar

Interpretar. Um verbo conjugado incessantemente pela mente inquieta que executa com perfeição sua função de dar forma, resposta e conclusão a tudo que acessa. Alguns interpretam por um único ponto de vista, outros enxergam em cada coisa inúmeras possibilidades.

Mas nem lá, nem cá, a essência de cada coisa se dá, e pelo andar dessa nossa humanidade, quão equivocada toda essa interpretação está?

Dotados de inteligência mas polarizados as experiências nos levam de arrasto quando a razão e o sentir não se comunicam de fato. Fragmentam a realidade para além das partes divergentes, que em algum momento terão de se entender para caminhar lado a lado.

Mas enquanto isso, qual interpretação é real neste imediato? Será que em algum momento alcançamos o que é genuíno e verdadeiro, no meio desse contexto maluco que sustentamos como se fosse como vemos, todos os fatos?

Será que tudo o que interpretamos até agora não está equivocado e devemos atualizar todos os conceitos para avançarmos? Quão esvaziados ficaram as bases que fortalecem as estruturas e os projetos, para que sejam executados e desdobrados com sucesso para que sigamos nesse expandir de nós mesmos?

Quantos de nós cristalizamos nesses errôneos conceitos e enrigecemos a ponto de não conseguir mover sequer um dedo nessa ampliação de um Ser Inteiro?

Talvez seja relevante considerar que nessa ponto de transição não sobre nada para nos agarrar, porque de ilusões interpretativas é o que o mundo lotado está.

Abrir-se para um novo paradigma é reconhecer a limitação deste ser e estar, num espaço plástico finito, onde jamais a interpretação do todo se dará. Mas é nossa tarefa honrar toda essa experiência de interpretar que desconectados da única e verdadeira Fonte, possamos estar.

Desafiados fomos, então que possamos o melhor de nós acessar, para essa etapa do processo superar. Com os méritos da nossa própria força de vontade, com inteligência, retomar a nossa original essência, para novos ciclos, iniciar.

°•SOMOS•°