Simbolismos da macela do campo
- Shely Pazzini
- 16 de abr. de 2022
- 2 min de leitura
SIMBOLISMOS passam a fazer sentido quando a razão dá espaço ao pulsar da vida, na observação real dos ciclos, interpretados a partir da nossa própria história.
Hoje, colhendo marcelas, conhecida como macela do campo em outros lugares, refleti sobre o simbolismo de sua florada alcançar o seu auge nessa data simbólica que é a Páscoa.
Em sua última ceia, Cristo pede para que amemos uns aos outros, sabendo o que permeia as relações humanas - a falta de perdão seguida pela raiva.
A marcela, além de trazer calma, age diretamente no fígado - órgão que somatiza esses sentimentos densos - a raiva que amargura com o fel da sua substância intoxicante.
A densidade nada mais é que a intoxicação da nossa pureza por sentimentos contaminantes, que literalmente nos envenenam - amargam a boca, turvam a visão, desequilibram a organicidade.
Envenenamos o fígado com esses sentimentos e, na oportunidade de purificação que esse período sugere, o mundo do lucro criado pelos homens oferece mais elementos que aumentam a intoxicação.
O chocolate que conhecemos é uma bomba de parafina e gordura que termina por piorar o estado em que já nos encontramos. Seria uma nada ingênua forma de nos manter sem nitidez e tolerância diante o outro, nutrindo as guerras internas que todos conhecemos?
De qualquer maneira, a natureza segue oferecendo a sua medicina, ciclo a ciclo, a fim de nos auxiliar no retorno a nossa casa.
Campos dourados com esse aroma calmante que tempera, preenche travesseiros e serve infusões estão novamente disponíveis a todos.
Podemos seguir amargurados, confusos e alimentando as ilusões do consumo e dos dedos apontados aos outros. Ou podemos nos abrir ao simbolismo desse período e escolher fazer diferente.
Quantas vezes você se permitiu conectar com o que a natureza oferece, enxergando-a como essencial, para a manutenção da sua caminhada?
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